
O dilema das galinhas

Come carne de frango? Então isso aqui lhe interessa! A indústria de carne de aves cresceu bastante nos últimos anos, impulsionada pela demanda por proteína animal mais barata. Mas isso traz desafios relacionados ao bem-estar animal, ao impacto ambiental e à segurança alimentar.
Seu bife de frango ficou mais barato porque a criação deu saltos em ganho de produtividade, graças à tecnologia. Porém, o frango de hoje vive uma realidade muito distante dos galinheiros dos seus avós. A produtividade de hoje exige o confinamento, alimentação contínua, melhoramento genético e antibióticos. Esse frango no turbo vive cerca de 45 dias.
As consequências são evidentes. Aumenta o risco e a incidência de doenças aviárias pois os micro-organismos ficam mais resistentes aos antibióticos. Lembra da gripe aviária? Também aumenta o impacto ambiental, pois a quantidade de resíduos e o consumo de energia das granjas ficou muito maior.
Há outras duas consequências menos evidentes, mas não menos preocupantes. Será que existe limite para o que podemos fazer com animais de abate? Pense que uma ave que viveria 5 a 10 anos, hoje vive 45 dias! Existe um aspecto moral aqui. Além disso, qual a consequência dessa proteína “turbinada” para nossa saúde, qual é o real valor ou risco nutricional disso?
Essa conta não é só da indústria! Penso que é nossa, consumidores que inclinamos para o mais barato. A indústria brasileira, que é líder mundial em venda de frangos, tem buscado alternativas em inovação e tecnologia para mitigar esses riscos. Podemos ajudar com mais consciência, buscando informação e qualidade, não só preço.
Você já procurou ou consumiu alternativas como aves criadas soltas, produções orgânicas ou pequenos produtores locais? Compartilhe com a gente sua experiência e opiniões sobre o assunto para ajudarmos a mitigar esses riscos.